A proibição dos galheteiros nos restaurantes portugueses levou ao aumento de 25% do preço do azeite e a um "acréscimo exponencial dos resíduos" das embalagens, que são "altamente poluentes", segundo fonte da restauração.
Segundo uma portaria que entrou em vigor a 11 de Janeiro de 2006, o azeite para tempero no prato disponibilizado em restaurantes ou unidades hoteleiras "deve ser acondicionado em embalagens munidas de um sistema de abertura que perca a sua integridade após a primeira utilização e que não sejam passíveis de reutilização".
Para cumprir a lei, os estabelecimentos podem disponibilizar o azeite em garrafas normais com uma tampa inviolável ou em unidoses, através de saquetas ou de garrafas pequenas.
De acordo com os dados estatísticos recolhidos pela Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP), o preço por litro do azeite registou um crescimento na ordem dos 25%, de 2005 para 2006. "É fácil constatar a existência de um aumento de custos para os estabelecimentos de restauração e bebidas, já demasiadamente fustigados pela actual conjuntura económica e por um sem-número de obrigações a que estão sujeitos".
Outra das preocupações da associação, na altura em que a portaria entrou em vigor, prendia-se com o impacte ambiental da medida, que "poderia provocar um aumento da poluição ambiental, através da colocação no mercado de milhões de novas garrafas usadas, com resíduos de azeite, altamente poluidoras".
In Diário de Notícias, Quarta, 6 de Setembro de 2006